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CONTANDO HISTÓRIAS

Foto do escritor: Geovanna TominagaGeovanna Tominaga

Atualizado: 13 de out. de 2024


Desde que eu soube que estava grávida do meu filho, iniciei um processo de comunicação e conexão com o meu bebê de todas as formas possíveis. Uma das maneiras que encontrei para fazer isso foi através da leitura.


Contando histórias para filho  desde a barriga

Lia para ele ainda na minha barriga, acreditando que, de alguma forma, aquelas palavras já estavam criando um laço entre nós. Hoje, com 5 anos, percebo como essa prática moldou sua curiosidade,

linguagem e imaginação.


Desde cedo, a leitura se tornou um momento nosso, um ritual de carinho. Ainda grávida, pegava livros infantis e lia em voz alta, às vezes repetindo a mesma história várias vezes.


Dizem que o bebê já consegue ouvir sons externos a partir do quinto mês de gestação, então imaginei que meu filho estava absorvendo aqueles sons, mesmo sem entender.


Quando ele nasceu, continuei a rotina. As histórias passaram a serem acompanhadas de gestos, toques, olhares. Ele ouvia com atenção, e ficava com os olhinhos fixos nas imagens coloridas dos livrinhos, até parece que já estava lendo de alguma forma. As figuras coloridas despertavam sua curiosidade, e as palavras foram ganhando vida.


"Acredito que a leitura não só estimula o desenvolvimento cognitivo e da linguagem, mas também fortalece o vínculo emocional entre mãe e filho"

Quando lemos juntos, estamos em um momento de total presença e conexão. Há dias em que ele me pede para repetir uma história favorita. Essa repetição, que pode parecer cansativa para nós adultos, é fundamental para o desenvolvimento das crianças. Através dela, eles compreendem melhor o enredo, assimila novas palavras e começa a associar sons às imagens. Tenho certeza de que a exposição constante a novas palavras e expressões, colaborou no processo da fala e da comunicação do meu filho.



Os livros ajudam as crianças a ampliar o vocabulário e a se expressar melhor, além de expandir a forma como eles veem o mundo. E como a leitura estimula sua imaginação! Ele adora criar histórias baseadas nos livros que lemos, muitas vezes misturando personagens de diferentes histórias e criando cenários completamente novos.


Contando histórias par ao filho

Essa capacidade criativa, acredito, é uma das maiores dádivas que os livros podem proporcionar às crianças. Eles não só ampliam os horizontes, mas também permitem que nossos pequenos criem seus próprios mundos. Mas o que mais valorizo é o momento de intimidade que criamos. Ao final do dia, depois de toda a correria, deitamos na cama e mergulhamos em uma novos mundos, histórias, personagens e sentimentos diversos. Esses minutos de leitura, muitas vezes, são o ponto alto do nosso dia. É um tempo em que estamos juntos, de forma calma e tranquila, sem distrações externas.


Percebo como a leitura tem sido uma ótima forma de abordar temas mais delicados. Através dos livros, consegui falar sobre sentimentos, medos e desafios que ele enfrenta no dia a dia. Teve uma fase em que o Gabi estava com medo do escuro, e encontramos um livro que falava sobre coragem e sobre enfrentar os medos. A partir daquela história, conseguimos conversar sobre o que ele sentia e, aos poucos, ele foi se sentindo mais seguro.


Hoje, vejo meu filho se interessando pelos livros de forma espontânea, sei que plantei uma semente que continuará a florescer ao longo da vida. Ele já escolhe os próprios livros, folheando com curiosidade, fazendo perguntas e criando narrativas e ilustrações próprias sobre os personagens.


Ler para uma criança não é apenas um ato de estimular o intelecto. É uma forma de demonstrar amor, de estar presente e de construir uma relação sólida com ela. O tempo que dedicamos à leitura é um presente para os nossos filhos e, sem dúvida, também para nós mesmos. Afinal, as histórias que compartilhamos criam memórias que durarão para sempre, em nossas mentes e em nossos corações.


Você não acha?


*Geovanna Tominaga sou jornalista e escritora, educadora parental e celebrante de casamentos. Especialista em comunicação e mkt; Neurociência, Educação e Desenvolvimento Infantil. Graduanda de Psicopedagogia. A mãe do Gabriel, é fundadora do Conversas Maternas.

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