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Foto do escritorGeovanna Tominaga

Superdotada, eu?

O autoconhecimento me trouxe uma sensação de paz e clareza.


Geovanna Tominaga criança superdotada

Desde pequena, sempre fui muito curiosa, com uma mente inquieta que queria absorver tudo ao meu redor. Lembro-me de passar horas imersa em livros, experimentando novas ideias e buscando respostas para perguntas que nem sempre eram fáceis de responder. Mas nunca me vi como alguém diferente; sempre achei que essa era a minha maneira de ser.

 

Recentemente, passei por um processo que me levou a uma nova descoberta sobre mim mesma. Descobri que tenho altas habilidades/superdotação (AH/SD), um termo que nunca pensei que pudesse se aplicar a mim, mas que agora faz tanto sentido.


Esse foi o resultado de um processo de autoconhecimento que iniciei há muito tempo. Quando recebi o apontamento para a superdotação, fiquei surpresa. Primeiro neguei. Superdotada, eu? Mas, de repente, muitos aspectos da minha vida começaram a se encaixar de uma forma que nunca havia imaginado.


As vezes em que me senti "fora do lugar", as noites insones com pensamentos e ideias que não paravam, o desejo incessante de aprender mais e me aprofundar em tudo o que me interessava – tudo começou a fazer sentido. Não sou um “gênio”, nem inventei a cura para nenhuma doença rara e sou péssima com números.


O imaginário de que o superdotado é alguém com superpoderes colabora para construção desse estereótipo. Mas a verdade é que as altas habilidades/superdotação também tem nuances, níveis, tipos, facilidades e dificuldades. Principalmente, emocionais! Nesse sentido, podemos dizer que todos somos intensos.

 

 O diagnóstico da Superdotação:

Saber que uma criança é superdotada dá chance aos pais de oferecerem apoio e um ambiente rico, para que ela desenvolva o máximo do seu potencial. Mas o diagnóstico na vida adulta também tem um valor imensurável. Ele trouxe uma nova compreensão de quem eu sou e do porquê das minhas peculiaridades.


Durante muitos anos, carreguei questionamentos sobre minha forma de pensar e agir, sem saber que havia uma explicação. Ter essa clareza agora me permitiu aceitar e abraçar minha identidade. Isso não apenas validou minha jornada, mas também me deu as ferramentas necessárias para canalizar minhas habilidades de forma mais consciente e produtiva.

 

O que fazer depois do diagnóstico?

Essa descoberta não veio apenas com respostas, mas também com novas perguntas. Como posso usar as minhas habilidades? Posso ajudar outras pessoas a entenderem e aceitarem suas peculiaridades? Uma coisa é certa: o autoconhecimento me trouxe uma sensação de paz e clareza.


Eu me sinto mais conectada comigo mesma e mais determinada a seguir minha missão de vida. Continuo apaixonada por meus projetos voltados para o público infantil e para o apoio às famílias, e agora, com essa nova perspectiva, sinto que posso contribuir de maneira ainda mais significativa.

 

O processo de autodescoberta nunca termina. Sempre há algo novo para aprender sobre nós mesmos, e isso é o que torna a vida tão fascinante. Espero que eu possa inspirar outras pessoas a se olharem com mais carinho, a se permitirem ser quem realmente são, e a explorarem todo o potencial que têm dentro de si.

 

A vida é uma jornada contínua de descobertas. Vamos continuar crescendo, aprendendo e nos descobrindo juntos.


*Geovanna Tominaga é jornalista e escritora, educadora parental e celebrante de casamentos. Especialista em comunicação e marketing; Neurociência, Educação e Desenvolvimento Infantil. Graduanda de Psicopedagogia. Mãe do Gabriel e fundadora do Conversas Maternas.

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